28 janeiro 2018

Reflexões assustadas

“A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos”.
                                                                                                          Winston Churchill

                        Estou preocupado com os partidos políticos que ressurgem ou se organizam somente em épocas de eleições. Parece que não sabem construir nada e se preocupam com o poder e as vantagens derivadas dele.
            Propostas, ideologias, vantagens oferecidas. Vamos salvar o mundo! E nossos interesses também...
            A máquina pública,  parece que só é movida a graxa monetária, como me disse um bêbado num dia de inspiração
            Política, nobre arte, pensava eu  quando ainda inocente... Agora tenho certeza. É a arte da barganha, do toma lá dá cá.
            Vejam a realidade. Assumiu o governo e os amigos e protegidos aparecem, despertos, ansiosos, para discutirem as posições e cargos que irão ocupar, qual seria sua estratégia de trabalho, como poderiam colaborar com o êxito da gestão do amigo que foi apoiado com destemor...
            Poder, empregos, salários, cargos, coligações, quem vai ocupar o cargo tal, quem vai para onde poderá se sentir melhor e mais coberto de vantagens. Até “a fazer um servicinho de vez em quando se dispõem para colaborar na gestão do amigo e correligionário!”
Estatus, empresa pública escancarada abrindo as portas para partidários de última hora.
Capacitação? Precisa disso também? As empresas, os conselhos administrativos, decisões, desvios e suas consequências por atitudes tomadas por quem não é do ramo e nem saberia o que votar num conselho administrativo... Aí, os desvios, os rombos e os roubos...
O orçamento vai mal, a crise está séria,  o que fazer mesmo, que decisão tomamos, a quem recorrer? Vamos ouvir alguns técnicos amigos do partido e ver se eles podem nos ajudar!
E os cargos de segundo e terceiro escalões? São muitos, ou são só estes? A sede é insaciável. Há muitos pedidos e menos vagas....  Ah! Vamos criar mais cargos que fulano não pode ficar sem ser atendido, trabalhou tanto durante a campanha!
Mudar leis, criar mais cargos, aumentar os gastos? Seria isso necessário em época de crise e de dificuldades?
Onde estariam o bom senso e a honestidade, mínimos necessários para enfrentar situações difíceis em épocas de crises reais ou fabricadas pela inépcia de muitos que,  são despreparados, nem saber o que fazer  nas posições que ocupam a não ser bater palmas para os padrinhos e benfeitores?
E surgem as falsas interpretações e desculpas...
A crise vem de longe, é do tempo do partido tal, o mundo está mergulhado em recessão, não sabemos que caminhos seguir!...
Como poderiam saber? Se mal conhecem as portas da empresa e onde está o cofre?
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            José Anézio Palaveri, médico, APLACE, janeiro de 2018.

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