GOA
Sérgio
Roxo da Fonseca
A
região de Goa envolveum porto marítimo situado na face ocidental da Índia,
defronte do Mar da Arábia. Já existia há pelo menos 22 séculos antes de Cristo.
Durante as férias de janeiro fui conhecer Goa. Alguns de seus prédios integram
o patrimônio cultural da ONU, entre os quais se encontraa Igreja de São
Francisco Xavier, na qual está exposto o corpo do santo.
Após
Vasco da Gama ter encontrado o caminho para a Índia, a região foi integrada ao
domínio português. No sul do continente há uma ilha denominada Sri Lanka, que
no passado recente chamava Ceilãoe, naépoca das grandes navegações Taprobana. Dizia
Camões: “As armas e os barões assinalados que da ocidental praia lusitana, por
mares nunca dantes navegados, chegaram ainda além da Taprobana”.
Mesmo
depois de Portugal perder o seu imenso império, manteve seu domínio sobre Goa,
que foi tomada pela Índia em 1961, passando a integrar o seu imenso território.
A religião hinduísta é majoritária com quase 66% da população. Os cristãos
somam 27,00%. E os islamitas cerca de7%%. O território contém um milhão e
quatrocentos mil pessoas. As maiores cidades da região são Vasco da Gama,
Margão, Pangim, Mormugão e Mapuçá.
A
Índia choca o visitante pelo seu contraste social. A pobreza é gigantesca. As
ruas de Goa são cobertas de lixo. No entanto, o seu progresso técnico foge de
qualquer descrição. A Índia dá assistência eletrônica para vários países,
incluindo inúmeras empresas brasileiras. Já ingressou no clube nuclear, já
fabricou sua bomba atômica.
Goa,
no campo das artes, notabilizou-se pelos seus crucifixos que, segundo é
afirmado, são esculpidos originariamente em dentes de elefante.
Talvez
não. O crucifixo mais admirado é aquele localizado na Catedral de São Francisco
Xavier. Pelo seu tamanho, não muito pequeno, mas não muito grande, difícil acreditar
que tenha sido esculpido em dentes de elefante, por maior que possam ser estes
últimos. A imagem do Cristo da Catedral retrata o rosto de um homem do povo
sacrificado com o seu corpo quase todo coberto de vermelho, sugerindo a
presença do seu sangue derramado para a salvação dos
homens. Poucas vezes encontrei uma obra de arte mais significativa, melhor
dizendo, mais cheia de significados.
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