18 dezembro 2006

ORAÇÃO PARA A NOITE DE NATAL

ISAC JORGE FILHO



“Senhor

Hoje se comemora o nascimento de seu filho. O mundo cristão está em festas, mas muitos dos que se autoproclamam cristãos não parecem entender as razões das comemorações.

Não queremos que isso ocorra entre nós: entendemos esta noite de festas e estes momentos felizes como oportunidade para reflexões e agradecimentos!

Agradecemos a benção de podermos estar aqui, juntos e amigos, e refletimos pedindo que nos dê força, coragem e capacidade de influírmos e auxiliarmos para que mais e mais pessoas possam também se reunir em amizade e fraternidade!

Agradecemos pela abundância em nossas mesas, mas refletimos sobre a necessidade de se lutar a cada dia para que todos possam também ter as mesmas oportunidades. Não permita que nos deixemos iludir e nos satisfazer com os lampejos temporários de caridade, comuns nessa época do ano!

Agradecemos por nossa saúde, e refletindo sobre os que a perderam ou nunca tiveram, pedimos que nos ilumine para que possamos auxiliá-los!

Agradecemos a benção de podermos trabalhar e sermos úteis, quando muitos não conseguem ou não querem, e pedimos por estes para que tenham suas oportunidades ou para enxergarem que o trabalho é que dá sentido à vida!

Voltando o pensamento para entes queridos que conosco viveram, mas já se foram, refeletimos e entendemos que devemos agradecer a benção de termos convivido com eles, na certeza de que nos esperam em paragens mais belas, onde todas as noites são como esta - de Paz e Amor!

Por fim, dai, Senhor, aos mais vividos a benção de continuar trilhando pela vida tentando seguir o exemplo Daquele cujo nascimento hoje se comemora e aos mais jovens o entendimento de que a beleza da vida está baseada na compreensão, humildade e amor ao próximo!

Que assim seja!”

Com esta Oração, que fiz em reunião familiar na Noite do Natal de 1987, quero manifestar meus votos de um Feliz Natal aos que me honram com sua leitura, na certeza de que entendem perfeitamente a profundidade e a beleza do Espírito de Natal e que continuarão ao longo de suas vidas seguindo os caminhos que Ele nos ensinou!

17 dezembro 2006

É POR AÍ MESMO

ISAC JORGE FILHO

Mais cedo do que se poderia esperar começamos a colher resultados com a abertura deste novo espaço democrático para discussão.
Analisemos as duas últimas matérias, publicadas sob os títulos "Para meditar-I" e "Para meditar - II".
O Dr.Antonio Ziliotto Júnior recebe informação por e-mail dando conta de indenização para Hermano Alves, com a informação de que seria o membro de um movimento sem-terra responsável por quebra-quebra recente no Legislativo, em Brasília. Com essas informações, manifesta sua indignação e envia para amigos, entre eles "o locutor que vos fala". Agora, com o novo espaço, representado por este blog, podemos colocar em discussão as informações que recebemos, via internet, que nos preocupam, mas nem sempre são reais ou interpretadas corretamente. Nossa tendência é a de recebê-las como verdades absolutas. Foi assim com Dr.Ziliotto. É assim comigo e deve ser também com a maioria dos que recebem matérias pela internet. Fica difícil separar o que é verdadeiro. Uma das funções desse blog será sempre a de expor as matérias ao "teste da livre discussão".
No presente caso sobreveio a informação do Dr. Sérgio Roxo da Fonseca, sempre elegante e respeitosa, como também a do Dr. Ziliotto, explicando que o Hermano Alves do quebra-quebra não é o Hermano Alves da indenização.
A leitura das duas versões, além de trazer esclarecimentos, coloca em discussão uma série de dúvidas: as informações por e-mail são confiáveis? Quais os cuidados necessários para melhor seleção? A política de indenizações é justa?
Aqui entra a importância deste espaço, dando meios para o amplo, necessário e respeitoso contraditório. Como coordenador do blog prometo agir com isenção, sem, no entanto, me furtar de oferecer minhas opiniões.
Mande também suas opiniões ou faça seus comentários.
Ao Dr.Ziliotto e ao Dr. Sérgio Roxo da Fonseca agradecemos pelas colaborações, esperando que continuem enviando. Certamente, é a partir de debates sérios que caminharemos na busca de um mundo melhor para os nossos decendentes.

16 dezembro 2006

PARA MEDITAR - II

SÉRGIO ROXO DA FONSECA

Li o texto do dr. Zilioto, por quem mantenho pública admiração. Seu pai, penso eu, era amigo do meu, se era o Zilioto que morava ao lado da Santa Casa.
Mas de tudo que sei e aprendi o texto dele está completamente errado. Hermano Alves foi um dos principais jornalistas do Brasil. Escreveu no Correio da Manhã com Carpeaux, Cony, Márcio Moreira Alves, Oswaldo Peralva (meu colega de classe, líder comunista que abandonou seu credo), Guima, entre outros.
Seus artigos eram republicados em SP pela Folha.
Sempre lutou pela redemocratização do Brasil. Nunca li uma única notícia de que fosse corrupto ou baderneiro. Será que o dr. Zilioto não está confundindo Hermano Alves com o pernambucando, líder de trabalhadores rurais, que chefiou recentemente um quebra-quebra no Congresso? Se confundiu, o dr. Zilioto está cometendo um gravíssimo erro. Hermano Alves é outro homem e de outro estofo.
O direito às indenizações foi criado pelo governo Fernando Henrique, com aplausos de toda a sociedade. Não é o Ministro da Justiça quem decide. Quem decide é uma comissão da sociedade civil até bem pouco tempo presidida por um dos grfandes juízes brasileiros, João Grandino Rodas, meu amigo, homem avesso à política, professor da São Francisco, árbitro da guerra Peru-Equador e maigistrado brasileiro da corte comunitária do Mercosul. Não sei se o Grandino ainda está lá.
De tudo que sei e aprendi, esta gente não é corrupta e nem baderneira. Honraram o mandato e o amor pela democracia.
Márcio Tomás Bastos nem criou o direito, nem compôs a comissão e nem é responsável pelo reconhecimento do direito.

PARA MEDITAR

ANTONIO ZILIOTTO JÚNIOR

ESSA É MAIS UMA DAS ARBITRARIEDADES E ESPERTEZAS DO NOSSO GOVERNO.
LEIAM E VEJAM EM QUE PAIS ESTAMOS!!!!!

E DÁ-LHE BANDALHEIRA...

MINISTÉRIO DA JUSTIÇAGABINETE DO MINISTROPORTARIA Nº 1.600, DE 22 DE AGOSTO DE 2005
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA , no uso de suas atribuições legais, com fulcro no artigo 10 da Lei nº. 10.559, de 13 de novembro de 2002, publicada no Diário Oficial de 14 de novembro de 2002 e considerando o resultado do julgamento proferido pela Primeira Câmara da Comissão de Anistia, na sessão realizada no dia 16 de março de 2005, no Requerimento de Anistia nº. 2003.01.17634, resolve:Reconhecer a condição de anistiado político de HERMANO DE DEUS NOBRE ALVES, concedendo-lhe as reparações econômicas, de caráter indenizatório, em prestação única pela cassação de seu mandato de Deputado Federal e suspensão deseus direitos políticos por 10 (dez ) anos, no valor correspondente a 300 (trezentos) salários mínimos, equivalente nesta data a R$ 90.000,00 (noventa mil reais), e em prestação mensal , permanente e continuada , pela perda de emprego de Jornalista, no valor de R$ 14.777,50 (quatorze mil, setecentos e setenta e sete reais e cinqüenta centavos) , em substituição à aposentadoria excepcional de anistiado político, proveniente do beneficio do INSS nº. 58/1103022854, sendo que, os efeitos financeiros retroativos incidirão somente na diferença entre o valor concedido e o valor de R$ 2.095,54 (dois mil,noventa e cinco reais e cinqüenta e quatro centavos), que já percebe, totalizando o valor de R$ 12.681,96 (doze mil , seiscentos e oitenta e um reais e noventa e seis centavos), com efeitos retroativos de 16.03.2005 a 07.02.1992, perfazendo um total indenizável de R$ 2.160.794,62 (dois milhões, cento e sessenta mil, setecentos e noventa e quatro reais e sessenta e dois centavos) , nos termos do artigo 1º., incisos I e II c. e artigos 4º., § 2º., e 19 da Lei nº. 10.559, de 2002.MÁRCIO THOMAZ BASTOS
SABE QUEM É ESSE HERMANO?
HERMANO DE DEUS NOBRE ALVES, é o chefe do MLST que liderou o "quebra-quebra" na Câmara dos Deputados !PS:Divulguem para o maior número de brasileiros. Eles têm que saber o queo Márcio Thomaz Bastos vem fazendo como Ministro. O pior é que esse dinheiro vai sair do bolso daqueles que pagam impostos, exceto do bolso dos CORRUPTOS. E ainda tem mais: muita gente que, realmente, participou de alguma ação não ganhou um mísero tostão. Só os "Espertos". E falam que são éticos, probos e honestos e, nós os idiotas... pagamos mais uma conta.
Êta país de bandidos!
E nós, com uma bola vermelha no nariz!

13 dezembro 2006

O ABSURDO NAS ESTRADAS

ISAC JORGE FILHO

Quando ví o primeiro, imaginei que alí estivesse uma coisa improvisada e temporária, para resolver alguma emergência. E era “apenas” uma carroceria dupla. Ainda assim, ocupava grande espaço, dificultando o trânsito e oferecendo perigo aos demais veículos. Depois vieram os conjuntos de três “vagões”. Se tornaram tão comuns que receberam nome próprio: “treminhões”. No rítmo em que a coisa anda, logo teremos verdadeiros comboios nas estradas. Que se danem os demais usuários de nossas vias rodoviárias de comunicações! Tudo pela economia! Tudo pelo lucro!

O número de acidentes nas estradas é enorme. Vidas sacrificadas, incapacitações definitivas ou temporárias, constituem o saldo negro desses acidentes. Todas as medidas que possibilitem maior segurança são válidas e indispensáveis. Está aí um novo código de trânsito, lançado com pompa e intensa divulgação. No entanto, temos transitado por estradas da região e continuamos convivendo perigosamente com “treminhões”. Recentemente um jovem médico perdeu a vida em acidente envolvendo um desses veículos.

Que benefícios trazem os “treminhões”? As estradas não foram feitas para suportarem tais tipos de veículos. O número de empregos cai, na medida em que três caminhões são substituídos por um único. O perigo aumenta para todos os usuários de estradas onde existem tais veículos. Assim, os únicos benefícios são de ordem econômica, e assim mesmo para poucas pessoas.

Será que é justo? Será que vale a pena?

ABSURDO NAS ESTRADAS

ISAC JORGE FILHO

Quando ví o primeiro, imaginei que alí estivesse uma coisa improvisada e temporária, para resolver alguma emergência. E era “apenas” uma carroceria dupla. Ainda assim, ocupava grande espaço, dificultando o trânsito e oferecendo perigo aos demais veículos. Depois vieram os conjuntos de três “vagões”. Se tornaram tão comuns que receberam nome próprio: “treminhões”. No rítmo em que a coisa anda, logo teremos verdadeiros comboios nas estradas. Que se danem os demais usuários de nossas vias rodoviárias de comunicações! Tudo pela economia! Tudo pelo lucro!

O número de acidentes nas estradas é enorme. Vidas sacrificadas, incapacitações definitivas ou temporárias, constituem o saldo negro desses acidentes. Todas as medidas que possibilitem maior segurança são válidas e indispensáveis. Está aí um novo código de trânsito, lançado com pompa e intensa divulgação. No entanto, temos transitado por estradas da região e continuamos convivendo perigosamente com “treminhões”. Recentemente um jovem médico perdeu a vida em acidente envolvendo um desses veículos.

Que benefícios trazem os “treminhões”? As estradas não foram feitas para suportarem tais tipos de veículos. O número de empregos cai, na medida em que três caminhões são substituídos por um único. O perigo aumenta para todos os usuários de estradas onde existem tais veículos. Assim, os únicos benefícios são de ordem econômica, e assim mesmo para poucas pessoas.

Será que é justo? Será que vale a pena?

11 dezembro 2006

A DITADURA DA MODA E SEUS EFEITOS

ISAC JORGE FILHO *


Recentemente a mídia divulgou a morte de uma jovem modelo como conseqüência de inanição. Era apenas a ponta de um “iceberg”. A busca de mais informações a respeito do assunto, em todo o mundo ocidental, nos levou ao conhecimento de um sem número de complicações e muitas mortes decorrentes da desnutrição de jovens vítimas da “ditadura da moda”. Uma série de fotos de modelos parecia com as fotos que vimos de desnutridos em crises de desnutrição em massa, por falta de alimentos, a mais conhecida delas ocorrida em Biafra,
O tema intrigou a Câmara Técnica de Nutrologia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, formada por médicos que trabalham com distúrbios da nutrição e que levantaram, em reunião realizada em 01/12/2006, na capital paulista, os seguintes tópicos preocupantes:

As recentes divulgações, pela mídia, de mortes de jovens brasileiras, vítimas de inanição em nome de uma lamentável “indústria da moda e da beleza”.
O estímulo, ainda que velado e indireto, de alguns agentes publicitários, algumas empresas que divulgam a moda e “fabricam” as “modelos” ou, ainda, certas instituições de ensino de danças artísticas que cultuam baixo peso como condição.
Crianças ou jovens adolescentes em plena fase de crescimento e desenvolvimento, necessitando adequadas ofertas de nutrientes, se submetem ou são submetidas a violentas restrições dietéticas.
Por desinformação, muitas famílias estimulam ou apóiam tais restrições dietéticas.
A ditadura da moda tem concorrido fortemente para a má orientação alimentar, sendo as crianças com estrutura corporal “fora da moda magra” ridicularizadas em escolas, clubes sociais e, por vezes até dentro da constelação familiar.
A Organização Mundial de Saúde considera como parâmetro de qualidade de saúde as pessoas com Índice de Massa Corporal acima de 18,5 Kg/m2 , entendendo como abaixo do peso e portanto sujeito aos riscos da desnutrição valores mais baixos.
O processo de desnutrição é altamente lesivo para o organismo, dificultando a formação óssea, o desenvolvimento hormonal e intelectual e propiciando o aparecimento de várias doenças, principalmente as infecciosas, devido a baixa atividade imunológica.
Algumas modelos tem IMC entre 14 e 16 Kg/m2 , tendo recentemente falecido modelo com Índice de 13 !


Por tudo isso, a Espanha já assumiu a dianteira quanto a providências produzindo legislação que proíbe que jovens com índices de massa mais baixos que os preconizados sejam aceitas em empresas de modas e de danças artísticas. Busca, com isso, cortar o caminho que leva a doenças e mortes por inanição crianças e adolescentes que buscam fama e sucesso. A Câmara Técnica de Nutrologia do Cremesp APELA para as autoridades responsáveis pela Saúde Pública brasileira no sentido de que defina e aplique normas rigorosas que busquem coibir, nos diferentes setores envolvidos, a perversa “ditadura da moda e da beleza” que tem levado à doenças carenciais e até a morte crianças e adolescentes em nosso País. Adicionalmente coloca-se à disposição para colaborar no estabelecimento destas normas e providências a serem aplicadas.

*ISAC JORGE FILHO é conselheiro e ex-Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e Coordenador da Câmara técnica de Nutrologia.