Assim caminha a humanidade
“Senhor, que é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratares com tanto carinho? “
A glória e o esplendor do homem. Vou meditando o salmo 8, apavorado com a realidade que vejo estampada nas telas das televisões...
Um bebê de dias, abandonado numa sacolinha, ainda com o cordão umbilical, num túmulo de um cemitério. Graças a um pedreiro que trabalhava por lá, que ouviu seus gemidos, foi salvo e cuidado com carinho.
No meu sítio, uma cachorra ficou sem dono dois dias depois de dar à luz seus três cachorrinhos. Abandonada, não abandonou seus cachorrinhos, permaneceu de plantão, protegendo-os, de plantão, sobrevivendo com os recursos da natureza e com a piedade de alguns seres humanos. Nem um dia vi os cachorrinhos desprotegidos. Alimentava-os. Procurava alimento para sobreviver. Parecia orgulhosa de sua maternidade e agasalhava seus filhos com carinho.
Vejo reféns mortos, degolados, incendiados em celas, em várias partes do mundo. Mortes televisivas, querendo demonstrar o que poderão fazer se não forem respeitados em seu terrorismo, e ódio. Trocas de reféns, de prisioneiros, prometidas e pessoas humanas usando outras pessoas como escudos de seu terrorismo e ideologias.
Iria escrever sobre a indignidade do bicho homem, sua agressividade e maldade, mas o salmista, cantando suas alegrias sobre o amor de Deus e a dignidade a que o ser humano foi elevado por Deus me animou e me fez mudar de ideia.
E de novo vejo o terrorismo, dando desculpas ou inspirado em seus gurus, líderes e fundadores, transviados em suas mentes, sacrificando pessoas, dizendo que estão se defendendo, e agridem , e matam, e se esquecem de negociar, de sentar na mesa para discutir ideias, e se esquecem do valor de suas vidas e das dos outros. Tento pensar e entender o que pode estar passando pela cabeça de um homem bomba!...
Uns curam outros cuidam, outros matam, outros falsificam medicamentos, vendem drogas mortíferas para alimentar seus lucros e poder. Prometem curas com produtos falsificados, enganam e roubam colocando vidas em risco. E vidas de seres humanos iguais a eles.
E saber que Deus nos trata com tanto carinho, com privilégios, de inteligência, imaginação, capacidade de amar e de nos emocionar.
E me pergunto quando estou rezando: Quando vamos nos convencer de que nossa dignidade é infinita, de que todos temos valores incalculáveis, de que daria para ser diferente se fôssemos menos egoístas, mais solidários, e tivéssemos a coragem de ouvir a voz de Deus, darmos as mãos e vivermos como irmãos, filhos muito amados do mesmo pai?
E vejo tantos gestos de humanidade no cotidiano da vida. Pessoa simples cuidando de outras pessoas, pobres solidários com pobres, hospitais habitados por seres de coração...
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